O Operador Nacional do Sistema El?trico (ONS) tem enviado a maior parte da "energia de reserva" de que o setor el?trico disp?e para as Regi?es Sudeste e Centro-Oeste do Pa?s. O objetivo ? garantir o suprimento no hor?rio de pico dos maiores centros de consumo e evitar riscos de apag?o, como o ocorrido no dia 19 de janeiro, quando 11 Estados e o Distrito Federal ficaram sem energia.
Por outro lado, regi?es como o Sul, que hoje tem exportado grande parte da energia consumida no restante do Pa?s, t?m atravessado os dias com ?ndices bem inferiores ao volume recomendado.
Conhecida no setor como "reserva girante", essa parcela de energia corresponde a uma sobra equivalente a 5% da eletricidade total consumida no Pa?s. Na pr?tica, essa pot?ncia fica ? disposi??o do ONS, que pode convocar as usinas para a entrega imediata da energia no momento em que perceber um aumento no consumo.
O presidente da consultoria Thymos Energia, Jo?o Carlos Mello, afirma que a Regi?o Sudeste requer mais reservas, justamente porque ? a maior consumidora de energia do Pa?s. Al?m disso, ? a regi?o que mais sofre hoje com a queda dr?stica nos n?veis de seus principais reservat?rios, ao lado do Nordeste. "Essa alternativa d? mais seguran?a para o abastecimento no Nordeste, que est? mais pr?ximo do Norte e pode receber energia de l?, caso haja um aumento na demanda local. O Sudeste, por estar mais distante, precisa de reservas locais", explicou Mello.
Do apag?o para c?, o ONS tem concentrado grande parte da sobrecarga dispon?vel nas duas, tendo ficado com um saldo inferior ao recomendado em uma ?nica ocasi?o. Na ?ltima segunda-feira, por exemplo, a reserva girante para o Sudeste e Centro-Oeste chegou a atingir 8.176 MW, superando em mais de cinco vezes o volume recomendado.
"A realidade ? que n?o temos outra op??o. Essa ? a ?nica estrat?gia poss?vel", disse Jo?o Carlos Mello.
A melhora no volume de chuvas nos ?ltimos dias e o feriado de carnaval tendem a aliviar a carga sobre o sistema el?trico.
As informa??es s?o do jornal O Estado de S. Paulo.
0 comentários:
Postar um comentário