Nada de melhorias no Aeroporto do Cariri

Roberto Bulhões
Fonte: Site Miséria
 Mais uma vez ficou comprovada a fraqueza política do Cariri quando o assunto é o aeroporto regional. Apesar de todo alarido, promessas e noticias em rádio, jornal e TV, a condição do aeroporto caririense continua deixando bastante a desejar. Ninguém se entende sobre o assunto e, segundo o vice-prefeito de Juazeiro do Norte, José Roberto Celestino, o maior defensor da causa, a Infraero tem tratado o aeroporto do Cariri com o maior desprezo possível. Para José Roberto, a Infraero não permitiu que a TAM consolidasse sua linha aérea no aeroporto de Juazeiro e muito menos a Trip Linhas Aéreas. Ambas queriam pousar em Juazeiro, mas tiveram suas pretensões frustradas.

Durante todo dia de ontem o vice-prefeito ocupou os microfones das emissoras de rádio em Juazeiro para explicar os motivos das duas empresas não terem conseguido regulamentar seus vôos na terra do Padre Cícero. Segundo Celestino, “a Infraero não permite que o aeroporto do Cariri funcione 24 horas, apesar de toda movimentação de passageiros diariamente. Por esse motivo, a TAM, a maior empresa aérea do país, deixa de vir servir a nossa região com suas aeronaves”. Zé Roberto lamenta a situação e pede maior empenho dos deputados e senadores do Ceará, especialmente os mais votados no Cariri. No momento o aeroporto funciona de meia-noite até as 18 horas.

Indignado com o descaso da Infraero em relação ao aeroporto que detém um movimento de embarque e desembarque maior do que muitos aeroportos em outros estados, Roberto Celestino cobra uma presença maior dos políticos e, segundo ele, “se depender da Infraero, vamos continuar do jeito que sempre foi. Eu não vou me dar por vencido e garanto que vou continuar azucrinando muita gente”, garante. Certo de que tudo não passa de má vontade da própria Infraero, em Brasília, o vice-prefeito não acredita que os módulos prometidos para “ampliar” a estação de passageiros, saia antes de seis meses. “A Infraero prometeu esses módulos desde o ano passado e ainda não saiu do papel”, afirma José Roberto.